domingo, 12 de setembro de 2010

2ª Companhia de Atiradores do Regimento de Guarnição n.º 2(CAT)


Canon 50D
F4
ISO 400
Temp. 1/320








Foto de Nuno Botelho


Descrição:
Essa foto representa o que vivi durante mais de 2 anos e que me faz relembrar muitos bons momentos.
Abaixo deixo um texto de minha autoria que pode ver também em http://memoriaoculta.blogspot.com/ na qual descreve um dos dias mais importantes da minha vida, dia em que prestei juramento pelo símbolo maior de uma nação.

Titulo: Juro, Como Português e como Militar ...

Era 9 de Agosto de 2002, 7 horas da manhã, soava em toda a unidade o toque de alvorada. Era dia de festa na unidade. A azáfama começava, nas casernas os militares se preparavam para o grande dia que tantos ansiavam. Era o final de uma recruta que para muitos difícil se tinha tornado, mas o esforço assim compensou. Após o pequeno-almoço, a formatura, para o início das cerimónias, se colocou enfrente ao Comando.
Fomos dar graças, numa missa presidida pelo capelão da unidade. Logo após a missa, os recrutas, que dentro de algumas horas o deixavam de ser, formavam para fazer os últimos preparativos para o mais alto momento do dia, o Juramento de Bandeira, dar graxa nas botas, puxar o brilho ao crachá.
No corredor ouve-se a voz do comandante do pelotão – “Recrutas Formam” – e todos nós como um processo automático perfilamos e alinhamos pelo camarada mais à direita. O orgulho nos olhos dos comandantes de pelotão notava-se mas sem que eles nos deixassem perceber, faziam-se de duros mesmo nesse momento. Depois de tudo perfilado, o comandante do pelotão apresenta a formatura ao comandante da companhia e seguimos para o palco do espectáculo. Nas bancadas, pais, namoradas e namorados e até os amigos preenchiam todos os lugares vazios, e os recrutas com o orgulho por terem chegado ao fim, marcham alinhados até se posicionarem em frente à tribuna de honra onde iria estar o Comandante da Zona Militar.
O tão desejado início da cerimónia apareceu e ao entrar o Estandarte Nacional todos os militares e presentes mostraram respeito pelo símbolo maior de uma nação, colocando-se de pé (os civis) e em continência (os militares). A banda militar, nessa altura prepara-se para tocar o hino nacional e toda a unidade acompanha o cântico com os militares. Até arrepiou ouvir toda aquela gente a entoar A Portuguesa.
Após terem sido feitas todas as entregas de condecorações, o 2º Comandante da unidade dirige-se para a frente da formatura e num tom alto vira-se para os recrutas dizendo – “ Recrutas repetem comigo,
Juro, como português e como militar,guardar e fazer guardar a Constituição e as leis da República, servir as Forças Armadas e cumprir os deveres militares. Juro defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência,mesmo com o sacrifício da própria vida.”
Após esse juramento, o pelotão de RV/RC, que tinham acabado de jurar bandeira colocam-se atrás do Estandarte Nacional, fazendo de guarda de honra. As forças em parada marcham em retirada do palco da cerimónia dando por encerrada a mesma.
Junto à companhia começam as despedidas dos camaradas, alguns partem para novas unidades outros se mantém juntos, mas nessa hora os Comandante do pelotão quebrem o gelo e agora não como comandantes mas sim como camaradas, que o sempre foram, felicitem-nos desejando toda a sorte do mundo e agradecem o empenho demonstrado por todos nós, pelotão de voluntários.
Terminado todos esses processos, eis que me dirijo para a porta de armas da unidade acompanhado pela minha namorada, na altura, e me despeço de todos, pois no dia seguinte começava na especialidade, prometendo regressar ao fim de 4 meses.
Este foi o dia do meu Juramento de Bandeira, dia que me orgulho ainda hoje.

“Poucos quanto Fortes”

Sem comentários:

Enviar um comentário